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Mindfulness - o que é e porque você deveria conhecer




Sou praticante de meditação desde 2014. Já passei por algumas fases - desde a adoração total, até o abandono total. Hoje entendo que a meditação é parte do meu kit de sobrevivência. Mas mesmo quase 10 anos depois, ainda não é trivial para mim ter uma rotina diária. Atualmente, miro meditar ao menos 4x por semana!

Nesses anos de prática, passei por algumas linhas de meditação, entre elas o tal do mindfulness. Mas foi só recentemente que passei a estudar mais a fundo o tema. E, devo dizer, que estou completamente apaixonado.

Vem comigo que te explico um pouco do que é. Além de tentar te convencer a dar uma chance para as práticas.


 

A complexa tarefa de simplificar - o que é mindfulness


Um dos grandes expoentes do mindfulness é Jon Kabat-Zinn. E esse artigo é muito influenciado pelo seu trabalho "Viver a Catástrofe Total".

O mindfulness é entendido a partir de alguns pilares: consciência, intencionalidade, momento presente e não julgamento.

Jon define mindfulness como "Consciência que surge ao prestar atenção, intencionalmente, no momento presente, sem julgamento".

A partir da crença de que tudo aquilo que temos a viver é o momento presente, devemos estar atentos e não confundir a realidade com nossos pensamentos. Afinal, esses pensamentos vão estar em uma constante viagem no tempo - remoendo aquilo que já passou e ansiando pelo que vem no futuro. Ao embarcar nessa viagem, nos desconectamos daquilo que está acontecendo agora.

E ao acolher o nosso momento presente, passamos a reconhecermos o que há de bom em nós e, também, o que não é tão bom, sem sermos levados pela tempestade emocional que esse não bom costuma causar.

Avançando na prática, passamos a responder aos momentos de desafio, não apenas a reagir. Saímos do piloto automático para tomar a direção das nossas vidas.

Tomar a direção vai passar muito por intencionalmente e com gentileza trazer nossa atenção ao momento presente. Nossa mente não vai, por um passe de mágica, passar a viver plena e bela todo seu tempo no momento presente. Esse é o momento mágico da prática.

Ao perceber a mente divagando, trazê-la, gentilmente e sem julgamento, ao momento presente é o começo da prática de mindfulness. Mantê-la é a perpetuação dessa prática.

Com isso, passamos a ganhar autonomia e sabedoria, baseadas na capacidade interna treinada de estar atento(a).


 

Os benefícios da prática


De maneira mais abstrata, a prática vai nos ajudar a:

  • Estarmos mais atentos ao nosso corpo e ouvir sinais (bons e ruins) de maneira mais rápida

  • Estarmos mais atentos ao nosso redor e àquilo que ocorre a nossa volta

  • Estarmos mais presentes nas relações

  • Melhorar nosso autoconhecimento através do aprofundamento da nossa autopercepção

  • Não ter a mente sempre divagando o que, comprovadamente, aumenta nosso sentimento de bem-estar

  • Melhorar nossa saúde - dormir melhor, comer melhor etc

  • Melhorar nossa reação a desafios que enfrentamos, principalmente aqueles menores que costumam gerar um alto nível de estresse (por exemplo: trânsito, espirrar café na roupa limpa, ligação de telemarketing etc)

Já para aqueles que preferem as comprovações mais concretas e científicas, seguem exemplos extraídos do livro mencionado acima:

  • Prática gera um espessamento de regiões do cérebro associadas ao aprendizado e memória, regulação da atenção, senso de eu e ganho de perspectiva

  • Melhora em escala de estresse percebido (além de redução de infecções causados por estresse)

  • Melhora da resposta de vacina contra gripe no grupo que praticou meditação

  • Redução eficaz da solidão o que gerou uma redução na expressão de genes relacionados com a inflamação em adultos e idosos

 

As práticas de mindfulness são diversas e podem ser encaixadas nas mais diversas rotinas. Temos práticas de poucos minutos (aqui você encontra uma prática de cerca de 5 minutos guiada pelo time do Gaveta) ou de hora completa; temos práticas focadas em respiração, no corpo, no modo de comer; temos práticas sentadas ou deitadas... enfim... tenho certeza que você encontrará uma que se adequa ao seu estilo.

Um pouco importante é que é uma prática secular, ou seja, não ligada a qualquer linha filosófica, religiosa ou espiritual. Há, sim, uma possibilidade de unir esses temas, mas fica a gosto do freguês.

Fique de olho no nosso blog e redes sociais para seguir aprendendo sobre o tema além de ter acesso a algumas práticas.


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